Porque doze?
A pedagogia moderna confirma um princípio:
doze é o número ideal para se alcançar resultados ótimos no ensino. Um
professor estará no limite máximo da sua capacidade de ensinar com a melhor
qualidade se tiver uma classe de doze alunos. Se ele passar disso, começará a
perder nos resultados.
Parece que Jesus
conhecia este princípio. Embora Ele tivesse muitos discípulos, fosse seguido
mesmo por uma multidão (Mt. 4.25); chamou doze para estarem consigo e dedicou o
melhor de sua vida a eles (Mc 3.3-15; Lc 6.13). Porque doze? Esta é uma
pergunta intrigante. Poderia ser dez, onze ou treze, mas Jesus escolheu doze e
isso ficou tão forte na mente deles que, quando Judas Iscariotes faltou, eles
tiveram convicção de completar o número.
O interessante é que
a Bíblia fala de dois homens capacitados para substituir aquele que traiu o
Senhor: Matias e José, chamado Justo (At.1.15-26). Ambos eram discípulos, ambos
haviam acompanhado Jesus desde o início do seu ministério, ambos estavam
aprovados diante dos demais apóstolos. Eles poderiam evitar o constrangimento,
deixando as coias como estavam. Poderiam também abrir espaço para os dois, já
que eram igualmente idôneos aos seus olhos. Assim o grupo teria treze homens.
Entretanto, buscaram a Deus e completaram o número de doze com Matias, deixando
José fora do colégio apostólico. De alguma forma o princípio dos doze estava
tão impregnado e claro para eles, que não podiam admitir outra solução.
Na verdade, o número doze está destacado
na Bíblia desde gêneses até Apocalipse. Sua ligação com os temas “governo” e
“multiplicação” é relevante. Desde o princípio, Deus estabeleceu o sol para
governar o dia e a lula para governar a noite, cada um com doze horas. Na sua
soberania, ele distribuiu o ano em doze meses. O Senhor fez uma aliança com
Abraão. Prometeu que sua descendência herdaria a terra de Canaã e se
multiplicaria como as estrelas do céu (Gn 13.1-4; Gn 15.5). esta promessa não
se cumpriu, até que Jacó teve doze filhos, que se tornaram doze tribos que
finalmente vieram a compor uma grande nação (Gn 35.22; Ex 1.1-7).
Quando Jesus traz a
luz “o ministério que estava oculto desde a fundação dos séculos”, a igreja,
ele confirma o princípio dos doze. Chama doze apóstolos e os envia. Não é uma
coincidência. Quando em Patmos João recebe o Apocalipse, Deus lhe mostra a Nova
Jerusalém, uma magnífica figura da Igreja. Note que o anjo lhe diz: “Vem e
mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro,,,” (Ap 21.9). Então lhe mostra a
figura de uma cidade que desce dos céus, a Nova Jerusalém.
Se você prestar
atenção, verá que o número doze se destaca nesta revelação profética da igreja
do fim. A cidade tem doze portas e seus muros doze fundamentos. Sobre cada
porta os nomes das doze tribos de Israel e nos fundamentos os nomes dos doze
apóstolos. A cidade mede doze mil estádios. No meio dela há uma árvore, a
árvore da vida, que produz doze frutos e suas folhas são para a cura das
nações. Você pode ler tudo isso detalhadamente em Ap 21.1-27 e Ap 22.1-5.
A estratégia revelada
a César Castellanos de Bogotá, não está detalhada na Bíblia. Seria uma tremenda
manipulação dizer que a igreja de Jerusalém funcionava no modelo adotado pela
MCI de Bogotá. Entretanto, seus princípios estão na Bíblia desde os relatos da
fundação do mundo. Cremos mesmo que esta visão estava guardada para se cumprir
nos tempos do fim, para a maior colheita da história do povo de Deus.
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